Oi.
Faz tempo que não apareço por aqui. Esquecer vocês? JAMAIS.
Apenas tempo. A falta de tempo que não consigo me livrar. Tempo, linha do infinito que não pretende acabar.
Não ter preocupações no dia, não significa que não me importo com o mundo, a vida dos outros ou/e a minha. É o ato de se desligar por alguns momentos daquilo que você não precisa se apegar. Carregar as preocupações de um lado pro outro só acumula o peso nas costas, não somos tão fortes assim, nenhum super-homem ou mulher maravilha. Não adianta correr atrás de muitos objetivos ao mesmo tempo e tentar carregá-los de um lado pro outro, pra economizar viagem. Você deixará cair metade pelo caminho, e perderá mais tempo voltando pra buscar o que ficou pra trás.
Tudo tem sem momento, tudo tem seu lugar, não devemos exagerar, com medo que talvez o amanhã possa não chegar. Se não chegar, ok. Não era pra ser.
Tudo é uma lição de vida, tão fácil que a mente humana não aceita, cria obstáculos e pensamentos negativos para não continuarmos seguindo, muito menos enxergar!
Abra os olhos e veja que essa vida não passa de um sonho, uma escola rigorosa que não deixa você se distrair. E como em todo sonho, nós fazemos a história. Podemos sim voar, pois nossa imaginação pode tudo, mas não se prenda a ela. Use-a pra criação e coloque em prática nesse sonho. Não deixe para acordar quando for tarde demais, pois a escuridão pode já ter tomado conta de tudo e abrir os olhos não adiantará muita coisa. Você continuará sem enxergar!
Sabe, para que eu não me estenda muito nesse assunto, segue um texto qual me ensinou muito:
“Dois monges se preparavam para atravessar um rio, conhecido como o Rio da Discórdia, antes de subirem uma montanha, chamada de Montanha da Fé.
Um deles era novo e o outro velho.
Ao chegarem às margens do rio, os religiosos ficaram ao lado de uma moça muito bem vestida, que também queria chegar ao outro lado do rio, mas com um detalhe: sem se molhar!
Com um olhar, ela pediu ajuda ao monge mais novo.
Este desviou o olhar e seguiu pelo rio.
A mulher arrumou os cabelos, se abanou com um leque e dirigiu o seu pedido de ajuda com um profundo olhar para o monge mais velho.
Este não teve dúvida: pôs a moça nos ombros e atravessou o rio, carregando-a.
Do outro lado, satisfeita e seca, ela agradeceu o velho e olhou o novo com desdém. E o novo olhou com indignação e raiva para o velho! O monge retribui aos dois com um olhar de compaixão e tranquila alegria. Nem é preciso dizer que aquilo irritou ainda mais o mais novo!
Os monges continuaram seu caminho rumo a Montanha da Fé. O novo carregava um semblante pesado e carrancudo e o velho levava com ele sua expressão de leveza e serenidade.
De acordo com as regras de sua fé, os monges não deveriam tocar as mulheres. Caminharam por horas, mas o monge mais novo ainda estava perplexo com a atitude do mais velho. Quando chegaram ao pé da montanha da fé, o jovem não aguentou mais e expressou seus pensamentos em voz alta:
- Você sabe muito bem que os monges não devem tocar as mulheres! Por que carregou aquela moça pelo rio?
- Naquele momento, julguei que ajudar outro ser humano sem julgá-lo fosse mais importante do que não tocá-lo. No entanto, eu larguei a jovem três horas atrás e a deixei às margens do rio. PORQUE VOCÊ CONTINUA CARREGANDO A MOÇA? ”.
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