Estrelas de Sexta
"Um dia sem graça, um convite em massa. Uma ida perdida, uma hora adiantada da sua vida. Ilusão na audição. O que restaria? - Um calor pro coração!Olhares e olhares, cegos olhos que me viam. Dançando, vários toques diferentes. A cintura bem firme, o suor expirado. O meu olhar fixo, desânimo surgindo.
De milhares, só enxergava uma luz, aquela luz fixa, cheia de suas próprias análises, parecendo tão fria, sem perguntas nem respostas.
E comigo, surgia agonia. A vontade e o desejo de desvendar o mistério do acalanto, seu silêncio.
Através de um cupido, foi entregue flecha errada. Não sei qual o motivo, mas fui a escolhida para ser beijada. Então foi a vez de experimentar uma firme dança, mesmo não sendo as melhores notas tocadas, isso não mais importava.
Um prático sonho de valsa, em meus ouvidos me iluminava, e o carinho mais profundo, as luzes já eram luas. E entre os brilhos mais ofuscantes, eu era tua!
Filme de cinderela? Números jogados ao vento? Não, dessa vez foi diferente. Já bastasse os 4 elementos, eu queria que alguém me amasse...
Após um bom tempo sendo iludida por um amor que jamais existira, o reencontro de um velho e recente sentimento fez com que o chão sumisse, meus pés flutuavam ao seguinte.
A delicadeza da inocência, o medo de encarar de modo errado. O beijo enlouquecido, a vontade de mergulhar em maior sorriso.
Logo o silêncio tomava conta, os olhares despercebidos, parados lado a lado, mas seguindo o mesmo caminho.
O reino sendo explorado, os mais belos castelos admirados. O seu lar, grande, aconchegante.
Novamente, notas tocadas, sem serem notadas. As estrelas de sexta, criavam risos, e assuntos com meias palavras. A dor de ser feliz, quase fazia com que as estrelas caísses do céu. O suor do nervosismo dificultava ainda mais a alegria que o contagia. Ao seguinte, preocupações! Nada sério, não há lesões.
Pedindo BIS: Chocolate adoça o coração!
Rainha na janela. Conselhos de mãe não estão cotados. No meu pensar, esse "bis" está sendo feito ao contrário.
Mais uma vez, fui ao encontro das estrelas de sexta, mais brilhantes do que nunca. Se tivessem rostos, estariam à nos olhar.
Desenho animado, risos de um pinguim de andar engraçado, logo já se via, filme escaldado.
Enfim, primeiro toque leviano, rápido e sutil. Será que acabou? Enrolados aos lençóis, surgira o vento mais frio.
No filme visto, como sempre fora, um final feliz! E o meu? - Não há como saber... A história é escrita por duas pessoas, e a consequência de outras. O que restava, era tentar.
Segundo toque inesperado, já que eu achava que já estava terminado. Foi melhor que o primeiro, mas ainda nem sei como foi possível.
No amor, encontramos tudo. As lágrimas acumuladas, prontas para descerem feito cachoeiras. Alegria de rasgar um sorriso. Brincadeiras, bobices, mas tão sério ao mesmo tempo.
... Sono profundo, olhos ardentes com a luz do sol, estrelas ainda no céu, mas não tão vistas como antes.
Sábado é o dia, as estrelas eram de sexta!
O doce invadiu o coração, adoçando as mais amargas lembranças. Mais um sono profundo, tranquilo, leve e feliz.
Uma pergunta com resposta óbvia! Tal respondida, jamais recebida...
Uma festa, NATAL...
... presentes, amigos, músicas, bebidas. Mas meu pensamento só, te procurando numa segunda chuvosa. Estrelas tristes, por nos ver separados."
Texto retirado de: AMARAL, G. Agenda de Anotações. Porto Alegre, 2007.
E nisso tudo, 4 anos se passaram...
Foi ai que aprendi, que:
A paciência é a evolução do tempo. Não correr é evitar que este tempo pare!
Kisses my dear ;@~

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